

Se tem uma coisa que eu adoro nos musicais, é a falta de vergonha dos personagens de extravazarem seus sentimentos da forma mais piegas. Aliás, eu acho que é esse exatamente o ponto em que as opiniões se dividem, ou você adora o mundo piegas ou você odeia.
Em Mamma Mia (EUA/Alemanha/Inglaterra/2008), a trilha sonora embalada pelos sucessos do Abba já entrega de bandeja o tipo de comédia musical que nos espera.
A jovem Sophie (Amanda Seyfried) vive isolada em uma ilha grega na compahia da mãe Donna (Meryl Streep) e nem sabe exatamente o que quer da vida, a não ser uma única coisa: conhecer seu pai. Decidida a descobrir quem ele realmente é, a jovem encontra no antigo diário de sua mãe, três romances que possivelmente vão ajudá-la a descobrir quem é seu verdadeiro pai.
Na véspera do casamento de Sophie, esses três ex-namorados de Donna aparecem na ilha, a convite de Sophie e a partir de então começa o joguinho de gato e rato para descobrir quem é o verdadeiro pai da noiva.
A trilha sonora não poderia ser mais perfeita, ao som de Abba, os personagens se entregam e cantam o amor e os anseios da vida, e, convenhamos, não há nada mais piegas que cantar músicas do Abba, mesmo em um musical. E é maravilhoso!
Nem a falta de talento de Pierce Brosnan em um dueto com Meryl Streep tira o encanto de Mamma Mia!
O filme é leve e divertido, daquele tipo que é impossível não sair do cinema cantarolando as músicas e tentando fazer a coreografia das cenas.
Sem contar que, assim como em Hairspray, pelo menos por parte da velha guarda dos atores, é muito evidente que o trabalho foi muito mais por diversão que pela arte de fazer um bom filme. Meryl Streep e suas amigas pulam e cantarolam tão alegremente, que você realmente se convence que elas são aquilo mesmo: mulheres de meia idade que cantam.
O elenco mais jovens também é bem afinado, e o entrosamento entre Meryl Streep e Amanda Seyfried é tão grande, que é impossível não se emocionar com uma das cenas mais marcantes do filme, onde mãe e filha cantam juntas 'Slipping Through My Fingers'.
Se todo musical deixasse de lado esse lance de agradar a todos os públicos e se concentrasse mais em ser o que realmente é: 'piegas com muito orgulho', teríamos muito mais coisas legais por aí como Mamma Mia. E, sério, ser piegas é tão legal e emocionante!!!!!!!
Trailer:
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