Porque, todo filme é bom, o que atrapalha é a crítica. Ou não?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ele não está tão a fim de você



Na cena hilária da pequena Gigi sendo maltratada pelo amiguinho do parquinho e sua mãe sem noção dizendo que o motivo dele maltratá-la é porque ele gosta dela, é nada mais, nada menos que a dura realidade feminina: se enganar com falsos raciocínios e tentar distorcer o que está bem claro, que 'ELE NÃO ESTÁ A FIM DE VOCÊ'.
Mas, como a toda regra tem sua excessão, seguimos firmes como se fôssemos a tal excessão à regra e enlouquecemos toda vez que o telefone toca, que saímos com alguém interessante (ou nem tão interessante assim, depende do nível de carência afetiva) ou quando pensamos ter encontrado a pessoa certa. Tanto faz, o que importa é que, ou passamos por isso, ou vamos passar ou já aconteceu com uma amiga muito querida, e o final, sabemos, é o desastre na sua mais pura forma.
Por isso, logo na primeira cena de 'Ele não está tão a fim de você' (He's just not that into you/EUA/Alemanha/Holanda/2009), o público alvo se indentifica no ato, e o filme segue esse ritmo, mostrando histórias de casais e solteiros que estão procurando se entender.
Tem a menina Gigi (Ginnifer Goodwin), hoje crescida e desesperada para encontrar sua cara metade, o cara (Justin Long) que vai ajudar Gigi a entender a dura realidade do outro realmente não ligar a mínima pra ela, a moça sexy (Scalett Johansson, no piloto automático de sempre) que só está a fim de aventuras, o casal (Bradley Cooper e Jennifer Connelly) que não está mais em sintonia e o outro casal (Jennifer Aniston e Ben Afleck) que chegou naquele nível do relacionamento em que ela quer casar e ele não, além da moça (Drew Barrimore) que acha que o namoro virtual é a única esperança para os solteiros mundo afora.
Nessas histórias que se interligam, tudo fica muito claro sobre como relacionamentos são simples e complicados ao mesmo tempo, afinal, homens são de marte e mulheres são de vênus. Mas, no final das contas, eu, você e eles (os homens) querem a mesma coisa, só que por caminhos diferentes.
A trilha bonitinha e o time de atores conhecidos do público, dão credibilidade ao filme e o desfecho, apesar de óbvio, conquista o público que, a essa altura já se identificou com os personagens e já se sente parte do filme.
Sem contar que, discutir relacionamento, apesar de ser coisa de mulher, deixam muitos homens com uma pulguinha atrás da orelha, e muitas vezes, principalmente quando estamos entre amigos de ambos os sexos, geram discussões bem válidas!

Trailer:

Velozes e Furiosos 4



Ok. Minha gente, eu sei. A franquia Velozes e Furiosos já deu tudo que tinha que dar etc e tal. Mas, néam? Eu não acho legal quando fazem continuações sem o elenco principal, afinal, quem é Paul Walker para segurar uma franquia, não é mesmo? Então...
Eu me recusei a ver os dois filmes que seguiram o primeiro (aka + Velozes + Furiosos e Velozes e Furiosos - Desafio em Tóquio), anyway, eu confesso que fiquei bem empolgada com o lançamento do 4º filme, pois, reunia todo o elenco principal, que não é assim grande coisa, mas te dá uma certa esperança de um roteiro no mínimo coerente com o primeiro filme. E que reunisse muita ação e claro, Vin Diesel sem camisa. Afinal, todo mundo que assistiu o primeiro filme, tem que concordar que, Vin Diesel e Michelle Rodriguez, além de todos aqueles carros e as cenas de ação são a graça de Velozes e Furiosos, e mesmo não sendo uma obra prima dos filmes de ação, o filme diverte.
Então, os roteiristas fizeram de conta que os dois filmes anteriores não existiram e lançam na tela uma continuação que poderia ser bem mais digna se não fossem duas coisas: primeiro, o roteiro cheio de buracos onde não importa o que os personagens digam, é só um guincho para a próxima cena de ação. Nada fica muito claro na história, como por exemplo, se Toretto é amigo do Brian, o policial metido a durão ou é indiferente? O romance morno do mesmo Brian com a irmã de Toretto (a sempre inexpressiva Jordana Brewster) é para a platéia acreditar ou é algum tipo de pegadinha? Por que o vilão que tanto Toretto como Brian tentam pegar durante todo o filme, mata todos os seus pilotos, inclusive a namorada de Toretto, Letty (Michelle Rodriguez)? Toretto é um dos bandidos mais procurados do país, mas, sua irmã segue a vida lindamente sem ser importunada pela polícia. Como assim? Enfim, são coisas que ficam no vácuo, entre uma cena de ação e outra.
Segundo, será que os roteiristas, produtores, diretores e o pessoal da Universal Pictures ainda não perceberam que Paul Walker e Jordana Brewster são totalmente desprovidos de talento? Porque, sério, a cada olhar trocado entre Brian e Toretto, o que seria um olhar de admiração do policial para com o bandido, está mais para love history. Medo do Paul Walker! Muito medo!
E o que é Jordana Brewster? Linda de morrer, porém, uma porta. É aquele tipo de caso que, Hollywood insiste em nos enfiar guéla abaixo, atores bonitinhos e inexpressivos.
E é essa falta de entrosamento da equipe (uma vez que Michelle Rodriguez deixa seu parceiro Vin Diesel logo no início do filme) que permeia todo o filme. Vin Diesel parece preguiçoso em quase todas as cenas, parecendo suplicar pelo fim definitivo da franquia! É uma pena.
Não que eu esperasse muita coisa de um filme de ação com carros turbinados e mulheres idem, mas, não seria mau um roteiro mais linear, pelo menos para fechar a série com chave de ouro, uma coisa menos clichê, que vingar a morte da namorada.


Trailer aqui.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Madagascar 2 - A grande escapada



Na continuação do primeiro filme, o quarteto formado pelo Leão Alex (Ben Stiller), o 'nosso amigo monocromático' a zebra Marty (Chris Rock), a girafa hipocondríaca Melman (David Schwimmer) e a exuberante hipopótama Gloria (Jada Pinkett Smith), tentam voltar para Nova York. Só que dessa vez em um avião guiado pelos pinguins, e acabam na África, onde reencontram suas origens.
Eu tenho que confessar que, uma das coisas mais engraçadas dos últimos tempos, pelo menos pra mim, são as piadas de Madagascar. É fato que o quarteto principal é meio chato, então, a graça fica por conta dos coadjuvantes e agora, alçados pelos roteiristas como parte do elenco principal (aka os pinguins e o engraçadíssimo Rei Julien), a coisa rolou solta. Tanto que os pontos altos do filme são justamente as cenas em que eles aparecem, como a negociação dos chipanzés com os pinguins e a cena em que Rei Julien dá conselhos sentimentais para a girafa Melman. Simplesmente impagável! As piadas envolvendo a fauna africana, as tiradas sarcásticas e as referências a obras cinematográficas fazem de Madagascar 2 uma continuação no mínimo digna!
E viva o humor sutil e sacana dos desenhos vendidos como 'infantis'!
Madagascar é vida!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O casamento de Rachel



O diretor Jonathan Demme (de Silêncio dos Inocentes e Filadélfia) traz um olhar documentarista para o ritual das cerimônias de casamento americanas. Pelo menos, as primeiras cenas de 'O casamento de Rachel' (Rachel Getting Married/EUA/2008) com todos os preparativos para a cerimônia de casamento da irmã mais velha da problemática Kim (Anne Hathaway) faz o público pensar assim. Mas, o que se vê, ao longo do filme é que o tal casamento do título é apenas um pano de fundo para questões familiares complexas. E essa é a grande sacada do diretor.
Quando Kim sai da clínica de reabilitação diretamente para o casamento da irmã Rachel (Rosemarie DeWitt, ótima), o caos se instala. Mas, não pense em recaídas e Kim estragando o grande momento da irmã, porque, o filme não se trata disso. O simples fato da presença de Kim entre a família, traz à tona as feridas não cicatrizadas de um histórico de dependência química e uma tragédia familiar. Da irmã que se sente em segundo plano até o divórcio dos pais e cada um seguindo a sua vida, tudo vem à tona em sequências que explodem na tela.
A opção de Jonathan Demme em filmar tudo como se fosse um observador passivo, faz com que o público se sinta parte dos convidados da festa louca de Rachel. Não que isso seja um feito, mas, imprime um ar mais leve ao turbilhão dramático que toma conta da história.
No mais, o trio Anne Hathaway, Rosemarie Dewitt e Debra Winger estão primorosas nas cenas mais fortes do filme, dando um tapa na cara do expectador.
Esse olhar reflexivo sobre a família, a questão social (preconceito? Onde?) e a vida, fazem de 'O casamento de Rachel' um filme imperdível!

Trailer:

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Romances que mudaram a minha vida - Parte 2

Filmes mulherzinha que me ganharam pela fofura ou pelo macho/casal em questão


A garota de rosa shocking - 1986


Nos anos 80, eu era uma criança cuja parentela trabalhava fora e ainda por cima era filha única. O que me restou foi, nada menos que o vício na famigerada Sessão da Tarde. Época boa, de romances juvenis com fórmula simples, cabelos old style, Andrew McCarthy galã, Molly Ringwald gracinha... A garota de rosa choking me influenciou de tal forma, que, até hoje em algumas situações bizarras da minha vida amorosa, me lembro dos diálogos xarope do filme. E o vestido rosa que ela mesma faz para o baile? Adoro!

Dirty Dancing - 1987


A Baby de Dirty Dancing, nada mais é que o pior exemplo a ser seguido por nós mulheres. Além de sem sal, não saber dançar e usar o cabelo mais sem glamour da história do cinema para mulherzinha, ela ainda se entregou para o primeiro gigolô que mexia bem os quadris que viu pela frente e que jurava de pés juntos que se sentia 'usado pelas mulheres'. Eu não sei qual era a mensagem do filme, provavelmente nenhuma, uma vez que, passada a histeria coletiva em torno do ato final (cena esta que faz você esquecer a incoerência do roteiro) você percebe que o filme não faz muito sentido. Anyway, a trilha sonora, a cena final (já citada) e o corpo sarado de Patrick Swayze no auge, faz de Dirty Dancing um dos filmes xaropes essenciais para a minha existência! Vida longa a 'I've Had The Time of My Life'. Uhúúúú!

Caminhando nas nuvens - 1995


Nos anos 90, não tinha pra ninguém: era Keanu Reeves na cabeça, pelo menos pra mim. Apezar de toda a coisa água com açucar de Caminhando nas nuvens, praticamente um romance de Júlia/ Sabrina/Bianca, uma coisa alguém tem que concordar: o filme tem cenas marcantes e clássicas do cinema romântico, exemplo: a serenata bonitinha que Paul faz para Victoria, o homem honrado que se apaixona pela mulher grávida de outro, as belas paisagens, a tragédia, a cena do beijo de tirar o fôlego, as palavras de sabedoria de um personagem mais velho. Olha minha gente, eu não sei se eu sou muito manteiga derretida, mas, esse filme me ganhou de tal forma, que ganhou um lugar na minha prateleira de VHS nos anos 90 e depois a prateleira de DVD forever! E Keanu Reeves, pega eu!!

Mensagem para você - 1998


Meg Ryan e Tom Hanks são uns chuchus pra vida toda, néam? Eu adoro! E esse filme tem toda aquela coisa dos romances fofos, que a mocinha e o mocinho se odeiam e depois se apaixonam. E os atuais atores de comédia romântica deviam aprender alguma coisa com essa dupla, porque, sério, a química de Tom e Meg é tão perfeita, que parece que os dois foram feitos um para o outro na vida real! Nem preciso dizer que, esse também está lá, forever na minha coleção de DVD's!

Alta fidelidade - 2000


Não é exatamente um romance, pelo menos não convencional, uma vez que o personagem central é um homem na casa dos 30 e seus questionamentos a cerca dos rumos da sua vida amorosa. Anyway, são justamente esses questionamentos de Rob Gordon embalados por uma trilha sonora de clássicos, que fez de Alta Fidelidade um filme marcante pra mim! Porque, em alguns momentos da minha vida eu sou meio Rob Gordon!

Louco por você - 2000


Se Andrew McCarthy era o galã dos filmes adolescentes dos anos 80, Freddie Prinze Jr. foi o galã do fim dos anos 90/2000 da sua geração. Louco por você é aquele tipo de filme com trilha sonora de hits da época e é tão bonitinho, que eu já perdi a conta de quantas vezes já assisti! Marcou uma época que eu estava sozinha, totalmente jogada às traças e só tinha as amigas em igual situação para segurar as minhas pontas, afinal, tem sempre aquele período negro da vida onde simplesmente ninguém te nota, nem o atendente da vídeo locadora. Então, minha gente, só Louco por você salva! Só galãs como Freddie Prinze Jr. salva! Amém!

Doce lar - 2002


Nos primeiros minutos de Doce Lar, você acha que não existe homem mais perfeito que o namorado 'McDreamy' de Melanie Carmichael, vivido por ninguém menos que Patrick Dempsey (já ensaiando o Dr. Derek Shepard in loco). Mas, quando você se depara com o ex-marido de Melanie, vivido por Josh Lucas, é tipo um: 'oi? quem é Patrick Dempsey, mesmo?'. E tem a trilha sonora country e o sotaque sulista que te mata de rir e o romance besta de mulherzinha (claro) e Reese Whiterspoon, que me fazem sentir uma certa vergonha de gostar desse filme, hahahahahahahah. Dane-se!

As sete regras do amor - 2003


É um filme para a tv, com atores que a gente vê e diz: 'hey, eu conheço de algum filme', mas, néam, tem o Patrick Dempsey e isso já basta! Eu já estava mais bem resolvida emocionalmente falando (aka noiva e assisti o filme recentemente e não quando foi lançado), mas, não pude evitar a identificação com o romance besta de filmes de verão. Ai, ai, eu não tenho mais jeito, mesmo!


Muito bem acompanhada - 2005


Esses filmes de 'mulher largada, abandonada pelo namorado/noivo/marido que resolvem dar a volta por cima' muito me agradam. Na verdade, me agrada mais o clichê de (óbvio), ela se apaixonar pelo cara/melhor amigo/wathever que vai ajudá-la e tal. Vale dizer que, Dermot Mulroney, o ex-melhor amigo de Julia Roberts em 'O casamento do meu melhor amigo' está por demais apetitoso nesse filme! Ui, mamãe!

O amor não tira férias - 2006


De Arthur Abbott para Iris: 'Nos filmes, tem sempre a protagonista e a melhor amiga da protagonista... você é a protagonista da sua vida, mas vive como se fosse a melhor amiga da protagonista.'

Mais uma fase daquelas 'ninguém me ama, ninguém me quer' e eu fui ao cinema sozinha (toca 'all by myself' ao fundo) assistir O amor não tira férias. Chorei litros! Nem o fator, zero química de Kate Winslet e Jack Black tirou o encanto do filme. E Jude Law pega eu!

Três vezes amor - 2008


Eu acho que filmes como Três vezes amor, me ganham pela coisa toda do romance não convencional (são 3 mocinhas e um mocinho, afinal), porque, o tempo todo você fica meio que na dúvida com qual das três o personagem de Ryan Reynolds deve ficar no final. Mas, no fundo, eu sempre torci para a menina que era mais a minha cara (oh! vida de desamores). Lagriminhas, e é uma pena que Abigail Breslin vai crescer um dia!