Porque, todo filme é bom, o que atrapalha é a crítica. Ou não?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Surpresas do amor



Eu nunca respeitei muito a Reese Whiterspoon, sei lá, eu adoro as comédias bobas que ela faz, e a June Carter de Reese é realmente fofa, mas, não mereceu aquele Oscar, me perdõem. Ainda assim, filmes que tem Reese no elenco me levam tranquilamente ao cinema, não sei por que...
Em compensação, eu tenho uma certa birra do Vince Vaughn. Pra mim, ele é tudo aquilo que seus filmes mostram: um troglodita, sem esportiva, uma cara chato de verdade.
Anyway, na última semana, mais uma vez fui ao cinema na esperança de ver 'Benjamin Button' e como os horários dos cinemas daqui são surreais, acabei assistindo 'Surpresas do amor' (Four Christmas/EUA/Alemanha/2008).
O filme conta a história de um jovem casal que todo fim de ano inventam uma desculpa qualquer para não passarem o natal com suas famílias e viajarem para algum lugar exótico e aproveitar melhor as férias. Só que, este ano, por causa de um forte nevoeiro que toma conta da cidade, todos os vôos são cancelados, e para piorar, eles são filmados pela equipe local de televisão em pleno aeroporto, e, assistidos por suas famílias. Assim, são obrigados a voltarem para casa e finalmente passarem seu primeiro natal com suas respectivas famílias. Na verdade, 'quatro natais', como o título original do filme, já que os pais de ambos são divorciados.
E essa historinha boba se arrasta por todo o filme, com todas aquelas cenas engraçadinhas de família nada perfeita que causa uma certa vergonha alheia em cada um deles até o ápice quando justamente por influência dessas famílias loucas, resolvem subir mais um degrau no relacionamento deles, o que, errôneamente julgavam ser um degrau alto demais para subirem.
O filme não é grande coisa, mas, conseguiu arrancar umas risadas do público no cinema. A química de Vince e Reese nem é grande coisa, mas funciona dentro do que o filme se propõe.
Vince Vaughn é o mesmo troglodita de todos os filmes e Reese, bem, ela é bonitinha, néam? É difícil não se encantar por ela, mas, sua atuação como sempre, é mediana.
'Surpresas do amor' não é uma bomba como venho lendo por aí, mas também não é uma comédia surpreendente. É só um filme descartável de fim de ano, engraçadinho, mas, descartável.
Trailer:

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Trovão Tropical



Ben Stiller encarna com maestria e todos os clichês envolvidos, o típico ator de filmes de ação que quer ser levado a sério. Jack Black é uma versão ‘branca’ de Eddie Murphy, com suas comédias escrachadas com piadas sobre flatulências e coisas de mau gosto e Robert Downey Jr. é tudo aquilo que Ben Stiller e Jack Black poderiam ser se não tivessem se rendido aos rótulos: o ator respeitado, low profile que só faz filmes do tipo sucesso de públicoe crítica, digamos que Downey Jr. é o Sean Penn. Junta-se a esse trio surreal, o rapper de sucesso Alpha Chino (interpretado por Brandon T. Jackson) e todos partem rumo a selva para filmarem o maior filme de guerra de todos os tempos. Mas, logo, os atores se envolvem em disputas pessoais (lógico), e com apenas uma semana de filmagem, o filme estoura o orçamento do estúdio além das filmagens estarem atrasadas. Como último recurso, o diretor resolve levar o elenco para o meio da selva e espalhar câmeras por todos os lados, criando cenas mais realistas e tirando interpretações mais convincentes dos atores.
Tudo isso seria muito engraçado se não fosse a forçassão de barra do elenco em ser engraçado. Logo no início do filme, vemos as chamadas dos filmes que os atores de mentira interpretam que traçam o perfil de cada um deles, e foi nessa hora que achei que Trovão Tropical (Tropic Tunder/EUA/2008) seria um grande filme. As piadinhas envolvendo a indústria hollywoodiana também dão o tom, mostrando como atores, diretores e os grandes estúdios se levam tão a sério que beira ao non-sense. Tirando isso, se arrastam 107 minutos de piadas de duplo sentido e situações que por si seriam engraçadas se os atores não se sentissem na obrigação de fazer graça.
Ben Stiller é o mesmo de sempre, com suas caras, bocas e trejeitos, assim como Jack Black, o que não é de tudo ruim, é só o piloto automático de sempre (e olha que eu gosto do Jack Black).
Robert Downey Jr. fazendo comédia é uma coisa tão surreal quanto a participação de Nick Nolte, na verdade, o ôba ôba em cima do seu personagem não tem razão de ser. Chega a ser bizarro, na verdade.
Em suma, Trovão Tropical é um filme engraçado, mas nem tanto, porque tem sempre aquela hora que você está morrendo de rir e os roteiristas erram a mão e você acaba emendando a gargalhada com um sorriso amarelo. Além do mais, não teve coisa pior em 2008 do que Tom Cruise gritando xingamentos de baixo calão e dançando rap com uma bunda postiça. Taí uma atuação que ganharia fácil meu prêmio de piores do ano, Tom Cruise e sua bunda postiça.
Trovão Tropical se resume a uma grande idéia que poderia ter dado mais certo, assim como o filme de guerra que uniu o quarteto de atores do filme dentro do filme.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Indicados ao Oscar 2009


Um ano que começa com um azarão como Slumdog Millionaire, só pode mudar se Mickey Rourke e Kate Winslet levarem. Mas, como Oscar é marmelada, O Benjamin Button vai levar tudo e a Jolie vai levar pelo filme fraco do Clint Eastwood.
Tô azeda porque o Bruce Springsteen não entrou na lista, mas, pelo menos vai ser o Wolverine que vai apresentar a cerimônia. Pressinto taquicardia.

Indicados aqui.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Ao Entardecer





Ao Entardecer (Evening/2007) não é um drama diferente dos que já vimos por aí. Conta a história de um grupo de jovens que diante das circunstâncias da vida, fazem escolhas que vão mudar para sempre o futuro de cada um deles.
O cenário, um casarão e uma bela paisagem à beira mar, divide a produção em duas épocas distintas. A primeira se passa nos dias de hoje, quando Vanessa Redgrave (Ann) está em seu leito de morte e passa a falar de uma parte do seu passado nunca antes revelada. A segunda parte da história é justamente a lembrança da personagem, quando a então jovem Ann, (interpretada por Claire Danes) vai para o casamento de sua melhor amiga Lila Wittenborn (Mamie Gummer, vivida mais tarde por Meryl Streep). O que se revela ao longo do filme, é que tanto Ann como Lila são apaixonadas pelo mesmo homem, o jovem médico Harris Arden (Patrick Wilson) e que este triângulo amoroso vai mudar a vida dos três jovens para sempre.
E por falar em escolhas, o elenco foi, deveras, uma escolha acertada. Claire Danes e Vanessa Redgrave, fazem de Ann uma personagem que cresce ao longo da trama, que mesmo após muitos anos, ainda se questiona sobre as escolhas do passado.
Em outro prisma, temos a filha mais jovem de Ann, vivida por Toni Collete, que assim como a mãe, se confronta com um momento delicado, onde também precisa fazer uma escolha que vai dar outro rumo à sua vida. Toni Collete, como sempre, brilhando em cena.
O galã da trama, vivido por Patrick Wilson, não compromete o triângulo amoroso do filme, mas, o destaque do elenco masculino é o irmão problemático de Lila, Buddy em uma ótima atuação de Hugh Dancy.
Como eu disse no início, não há nada de novo em ‘Ao entardecer’, mas, a excelente fotografia, o elenco afinado e a história bem contada, fazem dele um filme que vale a pena assistir.
Trailer aqui.

Nossa vida sem Grace




Stanley Philips (John Cusack) é um pai de família que sempre sonhou em servir o seu país, mas foi dispensado do exército por usar óculos. Sua esposa Grace, por outro lado, foi convocada para servir no Iraque, deixando para trás o marido e as duas filhas, obrigando Stanley a criar sozinho as duas meninas. Quando tragicamente Grace morre em combate, Stanley embarca em uma viagem rumo a um parque de diversões, sabendo que, a diversão não vai durar pra sempre, mas que pode ser o único jeito de encontrar as palavras certas para contar o ocorrido às filhas.
John Cusack (cada vez mais parecido com Kevin Spacey) não deixa a desejar em um personagem diferente de todos os outros que ele coleciona ao longo da carreira. O Stanley Philips de Cusack é triste e deprimido, um retrato da frustração e falta de expectativas de um homem que não conseguiu atingir seus objetivos na vida. O roteiro e direção acertados de James C. Strouse e a trilha de (olha) Clint Eastwood fazem do filme muito mais que um filme sobre perda e recomeço, ou alguma crítica à guerra no Iraque. Isso porque, Grace, que só conhecemos pela voz na mensagem da secretária eletrônica, é quase que onipresente em todo o filme e exerce uma influência tão grande na vida dos personagens que até para nós, expectadores, fica difícil imaginar a vida de Stanley e sua filhas sem essa mulher marcante.
‘Nossa vida sem Grace’ (Grace is gone/2007) divide opiniões. Há quem diga que o filme segue à risca a fórmula para emocionar o público. Mas, se a intenção era seguir fórmulas, taí uma fórmula que funcionou comigo. Personagens consistentes, trilha bem feita e um desfecho que faz o personagem central crescer. Foi impossível não me emocionar...

Trailer:


quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Se eu fosse você 2



Eu acho que a coisa mais chata das férias de fim de ano são as estréias medíocres dos cinemas. Elas variam entre filmes de natal, filmes para a garotada e outros que poderiam passar batido em qualquer época do ano, mas, justamente por não ter outra opção, você acaba assistindo.
Na última semana, em meio a falta de opções do Cineplex aqui de BH, fui lindamente assistir ‘Se eu fosse você 2’. Obviamente, o filme, nada mais é do que uma cópia de todas essas comédias americanas engraçadinhas em que pai e filho trocam de corpo ou coisa do gênero, mas, claro, com o ‘padrão GLOBO de qualidade’, que inclui uma dupla de atores consagrados + elenco da Malhação dando suporte.
Assim como no primeiro filme, Cláudio (Tony Ramos) e Helena (Glória Pires) estão em crise no casamento, e mais uma vez o cosmos se encarrega de dar um lição no casal, fazendo um assumir o corpo do outro.
A química dos dois atores é inegável, e especialmente nas cenas em que Cláudio tenta fazer ‘coisas de homem’ como jogar futebol, a platéia do cinema vai ao delírio.
Eu confesso que ri um bocado em algumas cenas do filme, mesmo porque, a máxima ‘se tá no inferno abraça o capeta’ nunca fez tanto sentido pra mim como nesse dia. E é impressionante como as pessoas adoram ver e ouvir escatologias, credo! Esses eram os momentos que mais arrancavam gargalhadas das pessoas. Muito medo!
No mais, pensei que fosse um especial de fim de ano da GLOBO com todas aquelas participações especiais e baile no fim do filme.


Trailer aqui.