Porque, todo filme é bom, o que atrapalha é a crítica. Ou não?

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Foi apenas um sonho



Acho que um dos filmes mais aguardados por mim este ano, foi ‘Foi apenas um sonho’ (Revolutionary Road/EUA/Inglaterra/2008). Não só por reunir Kate Winslet e Leonardo Di Caprio após o estrondoso sucesso e motivo de bocejos atuais 'Titanic', mas, muito pela direção de Sam Mendes, um diretor que eu admiro muitomente.
Entendam, nada contra o megalomaníaco filme de James Cameron, eu curti na época, mas, hoje em dia não consigo ver mais nem uma cena sem bocejar. Anyway, é inegável a química entre Di Caprio e Winslet, assim, a escolha não poderia ser mais acertada para o jovem casal Frank (Di Caprio) e April (Winslet), em um dos dramas mais surpreendentes do últimos tempos.
O filme é sobre esse jovem casal que em meio ao estilo de vida norte-americano da década de 50, percebem que estão se tornando justamente aquilo que não queriam ser. April é uma dona de casa infeliz, enquanto Frank vê em si mesmo, se repetir a mesma história de seu pai, com um trabalho insignificante e uma vida familiar vazia. Ambos estão convictos que, todos os planos que traçaram para suas vidas, se perderam em algum momento entre a idealização do casamento, a chegada dos filhos e a aceitação de um estilo de vida que nunca desejaram. Decididos a salvar seu casamento e finalmente serem felizes, eles resolvem se mudar para Paris.
Sam Mendes retrata com muita verdade, o que se passa dentro das belas casas norte-americanas, seus conflitos e a hipocrisia da sociedade dos sonhos. Frank e April estão em um turbilhão que explode a todo momento, mostrando que a realidade da vida a dois pode ser muito mais dura e complexa do que imaginamos. Neste aspecto, a dobradinha Di Caprio e Winslet não poderia ser mais perfeita. Tanto Di Caprio, quanto Winslet, mereciam uma indicação ao Oscar, bem como o filme, que surpreende e te prende do princípio ao fim.
É uma pena que, mais uma vez, e talvez por conta do circo armado que a Academia se tornou, nenhum deles tenha sido lembrado.
Leonardo Di Caprio, cada vez mais maduro (rugas, até que enfim!) e que ator excepcional!
Eu ainda não assisti ‘O Leitor’, mas, tenho certeza que Kate Winslet poderia ter sido indicada tranqüilamente duas vezes, além de ser minha favorita ao prêmio.
Resta aqui, o meu muito obrigado a Sam Mendes, pelo primeiro filme do ano que valeu realmente a pena esperar!


Trailer: