Porque, todo filme é bom, o que atrapalha é a crítica. Ou não?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Uma mãe para o meu bebê




Kate (Tina Fey, do filme Meninas Malvadas e da série 30 Rock) é uma mulher bem sucedida na carreira que sempre deixou a vida pessoal de lado. Beirando os 40 anos, Kate faz um balanço da sua vida e vê que é hora de ser mãe. Mas, seu sonho de vai por água a baixo quando descobre que não consegue mais engravidar e decidida a levar esse sonho adiante, ela resolve contratar uma mãe de aluguel. A eleita é a treslocada Angie (Amy Poecher), e o que parecia ser uma 'transação de negócios' como qualquer outra (dinheiro pra lá - bebê pra cá), toma outras proporções quando Angie decide se mudar para a casa de Kate.
Basicamente essa é a história de 'Uma mãe para o meu bebê' (Baby Mama/ EUA/2008), lançado diretamente em DVD. O filme não tem nada demais, é tudo previsível nele, principalmente o desfecho, mas, justamente por ter sido feito sem maiores pretenções, acaba sendo uma comédia engraçadinha.
A química das duas atrizes também funciona, além de discutir, mesmo que de forna rasa, esse tipo de crise que algumas mulheres enfrentam, ao colocar a vida pessoal em segundo plano e em algum momento da vida (geralmente perto dos 40) tentarem recuperar o tempo perdido através da maternidade.
Com Greg Kinnear, fazendo mais um dos seus tipos 'bom moço pra casar' e Sigourney Weaver.
Não vai acrescentar nada na vida de ninguém, mas, pelo menos vai garantir umas risadas.


Trailer aqui.

Um amor para toda a vida



Eu meio que me canso de filmes de época de vez em quando, sabe. Em especial, quando querem promover às custas do público, atores recén saídos de seriados de sucesso, no caso, a ex-The O.C, Misha Barton.
Então, o que se segue é muito óbvio: melodrama com requintes de novela mexicana e uma trilha sonora que tenta marcar o romance, mas, acaba por cair na cafonice.
O filme se passa em duas épocas distintas: a segunda guerra mundial, onde três amigos estão à caminho do combate, e os anos 90, onde um jovem irlandês encontra um anel de ouro no meio dos destroços de um avião. Intercalando esses dois momentos, a história se arrasta por quase 2 horas, onde o passado e presente se interligam. Mas, não se enganem, é tudo clichê dos mais mixurucos.
O elenco também, não poderia ser pior. Além da mocinha Misha Barton que faz a personagem principal quando jovem, temos uma Shirley McLaine totalmente perdida em cena. Fora o trio de amigos que parecem recén saídos de um catálogo de moda, lindos, porém inexpressivos.
A conexão entre passado e presente é tão confusa, que você se pergunta várias vezes o porque de certas cenas e personagens. E no fim das contas ainda temos que engolir uma história paralela sobre o Exército Republicano Irlandês que não tem a menor conexão com a trama principal.
Eu realmente não sei o que o diretor Richard Attenborough (de Chaplin e Ghandi) estava pensando.




Meu nome é Shirley McLaine e eu não precisava desse fiasco em minha carreira!







quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Vicky Cristina Barcelona




O amor pode ser racionalizado? Esta sempre foi a minha interrogação quando assistia algum filme do Woody Allen. Sobretudo os filmes de Manhattan.
Ontem, ao comprar o ingresso para Vicky Cristina Barcelona, e depois de ter lido algumas críticas sobre o filme, me fiz a mesma pergunta. Mas, dessa vez eu tive uma resposta à altura.
No filme, as amigas Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson) viajam de férias para Barcelona. Vicky, com o objetivo de estudar a arte catalã e se preparar para seu casamento nos próximos meses. Cristina, quer dar um sentido à sua vida, quem sabe uma nova paixão que a faça compreender o sentido do amor. As duas amigas seguem felizes com seu tour por Barcelona, até que um dia conhecem Juan Antonio (Javier Barden), um pintor recén separado da problemática Maria Helena (Penélope Cruz), que muda totalmente os rumos da viagem de Vicky e Cristina.


Eu adoro os diálogos francos de Woody Allen. A impressão que eu tenho é que ele sabe exatamente o que o público precisa ouvir naquele momento.
O Juan Antonio de Javier Barden, soa tão espanhol, que parece recén saído de um filme de Almodóvar, assim como Penélope Cruz, a Maria Helena louca.
A semi-estreante Rebeca Hall, acaba sendo a coadjuvante/protagonista perfeita, com seus trejeitos e aspirações yankees, fazendo o contraponto com Scarlett Johansson, não muito diferente do que costuma ser, mas, nesse caso, perfeita para o papel.
A conclusão (previsível para alguns), só serve para mostrar que, nem sempre as pessoas dão grandes reviravoltas em suas vidas, mesmo que o momento seja propício para isso. É a vida real e as relações amorosas mais uma vez sendo discutidas, o que me levou a crer que: racionalizar o amor? Não. Mas, podemos racionalizar quase tudo que envolve a nossa vida, até os rumos da nossa vida amorosa.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Penetras bons de bico



Ontem ao assistir o famigerado 'Penetras bons de bico' (Wedding Crashers/EUA/2005), constatei que: 1) Owen Wilson é o homem mais feio de Hollywood; 2) Vince Vaughn é o troglodita mais cansativo dos grandes estúdios, e ainda por cima é a cara do Ernani Morais. Socorro, mãe! Durante alguns anos, passei pela prateleira da vídeo-locadora e olhava com desprezo (literalmente) para essa comédia, e, Meu Deus, porque não continuei desprezando-a com todas as minhas forças! Ontem, porém, movida por um impulso (graças a Deus não frequente) de 'vamos ver, de repente é engraçado', finalmente assisti a fita, muito pela presença de Isla Fisher, que eu adoro e Rachel McAdans: as mocinhas bonitas que conquistam os corações dos dois senhores mencionados acima. No filme, Jeremy (Vaughn) e John (Wilson) são dois amigos de longa data que trabalham juntos e tem como diversão, irem a festas de casamento sem serem convidados, ou seja, os famosos penetras. A intenção, é se aproveitarem das mulheres solteiras presentes no local que estão, digamos assim, entusiasmadas com o evento e se tornam alvo fácil para o objetivo principal dos moços: cama.Tudo muda (claro), quando os dois amigos penetram na festa de casamento de uma das filhas de um influente político local e um deles se apaixona.
É inegável a química dos dois atores, mas, o filme nem é grande coisa. É previsível e as piadas prontas e caras e bocas da dupla não empolgam.Sem contar que, Owen Wilson tem muito talento para comédia, mas, quando o romance entra em cena, ele fica mais perdido que cego em tiroteio. Um verdadeiro desperdício de tempo.

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Jogo do amor



Mais uma comédia romântica chatinha no mundo dos DVD's. Jason Priestley, o eterno Brendon Wash da série televisiva 'Barrados no baile', é Ryan Banks, um ator que caiu no ostracismo (oi? Vida real?) que vê num reality show a chance de voltar ao estrelato. No programa, produzido por seu melhor amigo e empresário, o público vai escolher a namorada ideal para ele se casar. Só que, o que ele não contava, é que a moça mais votada pelo público e seu melhor amigo se apaixonariam, comprometendo o objetivo do programa, que é dar um UP na sua carreira decadente.
Olha, quando eu digo que assisto filmes pelo simples fato de admirar a sétima arte, independente da história, dos atores e tal (com algumas exceções, claro), é desse tipo de coisa que eu estou falando. Muitas vezes, pressinto um filme bomba, mas, o que toma conta de mim quando estou na vídeo-locadora e percebo que já assisti todos os filmes que me alcançam a vista, me impedem de pensar racionalmente e eu acabo por levar algum lixo pra casa.
'Jogo do amor' (I Want to Marry Ryan Banks/ EUA/Canadá/2004) é esse tipo de filme. Nem vale pela nostalgia de rever Jason Priestley, muito menos pelo historinha boba, que, em alguns casos até se redime com um final bonitinho. O casal central é até bacana, mas, faltou alguma coisa, talvez na direção dos atores ou no roteiro que acabou dando um quê de 'filme feito para tv'. Portanto, é uma comédia romântica bem dispensável.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Jogo de amor em Las Vegas



Quando 'Jogo de amor em Las Vegas' (What Happens in Vegas /EUA/2008) estava nos cinemas, eu olhava para o cartaz do filme com desprezinho, afinal, tinha Shyamalan bombando com o seu 'Fim dos Tempos' (que se revelou uma grande perda de tempo) e outros blockbusters muito mais legais que assistir Cameron Diaz e Ashton Kutcher se matando para fazer um casamento dar certo. Mas, ontem ao assistir o filme já em DVD, percebi que estava totalmente enganada. 'Jogo de amor em Las Vegas' é surpreendentemente engraçado e tem uma historinha até muito coerente, levando em conta as comédias lixos que tem sido lançadas por aí.
Na verdade, o que salva o filme é o casal central, que tem química e conduzem o filme direitinho, como manda a cartilha. Me surpreendeu!
No filme, Joy (Cameron Diaz) parte para Las Vegas com sua melhor amiga para tentar se refazer do pé na bunda que levou do noivo. Jack Fuller (Ashton Kutcher), foi demitido pelo próprio pai e resolve enfiar o pé na jaca curtindo um fim de semana, também em Las Vegas. O que ambos não esperavam é que, após uma noitada daquelas eles acordariam casados. Só que, antes de desfazerem este 'equívoco', eles apostam uma moeda em um caça níquel de um cassino e ganham 3 milhões de dólares. Mas, para ficar com o dinheiro, eles precisam provar que são um casal estável e feliz, o que os obriga a morarem juntos.
Apesar da história bem previsível, o filme conta com diálogos ácidos e situações realmente engraçadas que são capazes de arrancar muito mais que meia dúzia de sorrisos amarelos do público. Isso porque, Cameron e Ashton são um casal que funciona. E em tempos de comédias bobas e casais mornos, o que faz dessa comédia 'semi-romântica' um filme divertido além das expectativas, é justamente o timing do casal principal. Porque, timing é tudo em um filme, não é mesmo?
E a máxima 'o que acontece em Las Vegas, fica em Las Vegas', não poderia ter rendido um filme mais convincente.
Trailer:

terça-feira, 11 de novembro de 2008

TOP 10 anti-heroínas do cinema

Desafio da moça do Suncine.
Elas são as grandes heroínas de seus filmes, mas, nem tão fracas, indefesas e perfeitinhas assim (ás vezes até com um certo desvio de personalidade). E, se não fossem desse jeito, talvez público não as amasse tanto.

10 - Elizabeth (Cate Blanchett) - Elizabeth e Elizabeth - a era de ouro


9 - Beatrix Kiddo (Uma Thurman) - Kill Bill



8 - Ana Bolena (Natalie Portman) - A outra



7 - Dominique (Julie Delpy) - A igualdade é branca


6 - Tessa (Rachel Weisz) - O jardineiro fiel



5 - Raimunda (Penelope Cruz) - Volver


4 - Iris (Judi Dench) - Iris




3 - Clementine (Kate Winslet) - Brilho eterno de uma mente sem lembranças




2 - Scarlett Ohara (Vivian Leigh) - E o vento levou



1- Bette Davis (em qualquer filme) 'hours concours'


Repassando o desafio para outros amigos (e quem mais quiser fazer):


Kamila (Cinéfila por natureza)

Otávio (Hollywoodiano)

Rafael (Moviola Digital)

Jonny (Cine JP)

Robson (Portal cine)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Efeito Dominó



Jason Statham e seu fã clube que me desculpem, mas, 'Efeito dominó' (The Bank Job /2008) é uma das coisas mais horríveis que assisti nos últimos meses. Socorro!
No triller, Jason Statham é um golpista meio decadente que reúne uns amigos para realizar um roubo que vai garantir a aposentadoria de todos eles: assaltar o cofre de um banco local. Mas, não se trata de um roubo simples, nos cofres pessoais do banco, além de dinheiro e jóias, se encontram documentos e fotos que comprometem, desde a máfia e os bordéis locais, até policiais corruptos, agentes do MI-5, líderes de movimentos raciais radicais e até membros da coroa inglesa, desencadeando o tal 'efeito dominó' da tradução do filme.
No fim das contas, os ladrõezinhos de 5ª categoria que só querem garantir o futuro de suas famílias e sair do sufoco, se metem num jogo de gato e rato não só com a polícia, mas também com os criminosos que querem a todo custo recuperar os pertences que os incriminam.
Supostamente, o filme é baseado em fatos reais, de um roubo que aconteceu nos anos 70 e foi abafado pela imprensa justamente por envolver membros do alto calão da polícia britânica, além da família real, mas, o que poderia ser uma grande história, cai na mesmice quando Jason Statham (com sua canastrice habitual) entra em cena com sua turma. Sério, não tem necessidade de tanta ladainha para contar uma história sobre roubo de bancos que o público já está careca de ver. No início do filme, quando os amigos se reúnem para realizar o roubo, chega a ser interessante o fato de eles não fazerem a mínima idéia de como se rouba um banco. É verdadeiro, e isso cativa. Mas, no fim das contas, você fica esperando aquela hora em que o Jason Statham vai partir pra porrada com alguém, como nos seus filmes habituais. Não dá pra levar Jason Statham a sério!
Faltou ainda, um roteiro bem escrito, e diálogos mais descentes entre os personagens. Um romance menos óbvio entre Jason Statham e a ex-modelo Saffron Burrows (que se resume à um beijo morno) e que poderia muito bem ter ficado de fora do filme.
Em suma, Efeito dominó é mais um daqueles filmes que você assiste hoje e amanhã nem se lembra mais dele. Seria uma chance para Jason Statham sair de vez desse time de atores de filmes pancadaria, mas, ainda não foi dessa vez.
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