Porque, todo filme é bom, o que atrapalha é a crítica. Ou não?

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Mamma Mia


Se tem uma coisa que eu adoro nos musicais, é a falta de vergonha dos personagens de extravazarem seus sentimentos da forma mais piegas. Aliás, eu acho que é esse exatamente o ponto em que as opiniões se dividem, ou você adora o mundo piegas ou você odeia.
Em Mamma Mia (EUA/Alemanha/Inglaterra/2008), a trilha sonora embalada pelos sucessos do Abba já entrega de bandeja o tipo de comédia musical que nos espera.
A jovem Sophie (Amanda Seyfried) vive isolada em uma ilha grega na compahia da mãe Donna (Meryl Streep) e nem sabe exatamente o que quer da vida, a não ser uma única coisa: conhecer seu pai. Decidida a descobrir quem ele realmente é, a jovem encontra no antigo diário de sua mãe, três romances que possivelmente vão ajudá-la a descobrir quem é seu verdadeiro pai.
Na véspera do casamento de Sophie, esses três ex-namorados de Donna aparecem na ilha, a convite de Sophie e a partir de então começa o joguinho de gato e rato para descobrir quem é o verdadeiro pai da noiva.
A trilha sonora não poderia ser mais perfeita, ao som de Abba, os personagens se entregam e cantam o amor e os anseios da vida, e, convenhamos, não há nada mais piegas que cantar músicas do Abba, mesmo em um musical. E é maravilhoso!
Nem a falta de talento de Pierce Brosnan em um dueto com Meryl Streep tira o encanto de Mamma Mia!
O filme é leve e divertido, daquele tipo que é impossível não sair do cinema cantarolando as músicas e tentando fazer a coreografia das cenas.
Sem contar que, assim como em Hairspray, pelo menos por parte da velha guarda dos atores, é muito evidente que o trabalho foi muito mais por diversão que pela arte de fazer um bom filme. Meryl Streep e suas amigas pulam e cantarolam tão alegremente, que você realmente se convence que elas são aquilo mesmo: mulheres de meia idade que cantam.
O elenco mais jovens também é bem afinado, e o entrosamento entre Meryl Streep e Amanda Seyfried é tão grande, que é impossível não se emocionar com uma das cenas mais marcantes do filme, onde mãe e filha cantam juntas 'Slipping Through My Fingers'.
Se todo musical deixasse de lado esse lance de agradar a todos os públicos e se concentrasse mais em ser o que realmente é: 'piegas com muito orgulho', teríamos muito mais coisas legais por aí como Mamma Mia. E, sério, ser piegas é tão legal e emocionante!!!!!!!

Trailer:

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11 comentários:

Robson Saldanha disse...

Quero ver... ainda não tive oportunidade!

Rafael Moreira disse...

Não gostei tanto do filme como você, Fabiana. Mesmo que eu ame musicais e é justamente o que você falou: há a falta de vergonha dos personagens de extravazarem seus sentimentos da forma mais piegas.

Abraço!

Anônimo disse...

Adoro o fato do filme ser, sem se desculpar por isso, muito sem vergonha e realmente muito piegas. Concordo diversamente aqui. O roteiro pode ser muito irregular, mas o filme diverte muito!

3 estrelas.

Ciao!

Lu. disse...

Eu amei Mamma Mia. Não apenas pelo meu amor ao Abba, como também pelo que você sabiamente apontou: a perda de dignidade perante a pieguice. É lindo ver Meryl Streep arrasando em "Dancing Queen" e emocionando em "The Winner Takes It All" (só essa merecia o Oscar), Pierce Brosnan, que eu nem dava muita bola até vê-lo cantarolar "SOS" (só eu não acho que ele cante tããão mal assim?) e o elenco todo se jogando em "Waterloo" nos créditos finais. O filme captura perfeitamente o Abba way of life - cantar sem medo de ser feliz, permitindo somente sentir.
Mal posso esperar pelo DVD para poder assistir sempre.


PS: Só uma coisinha - a música que a Meryl canta para a filha é "Slipping Through My Fingers". "Does Your Mother Know" é aquela que a amiga canta na praia para o bartender que ela pegou. =P

Rafael Carvalho disse...

Então Fabiana, eu odeio o mundo piegas. E acho que existem musicais em que os personagens não precisam extravasar de forma tão histérica seus sentimentos. Em Mamma Mia existe uma futilidade muito grande no desenvolvimento daquele drama da menina que não sabe quem é o pai, mas que se perde pois a personagem da Streep meio que toma seu lugar. Não que a atuação dela não seja boa (Merryl Streep é sempre ótima), mas nem isso ajuda a tornar o filme mais agradável.

pseudo-autor disse...

Vale pela Meryl Streep.
Vale pela música do ABBA.
Vale até por ver o Pierce Brosnan cantando (uma surpresa histórica!).
Porém, falta algo que lhe transforme num filme delicioso aos olhos.

No entanto, nem por isso deixei de ir ao cinema para conferir!

Outros textos:
http://pequenos-takes.blogspot.com

Anônimo disse...

Preciso de um e-mail para contato (é em relação à SBBC). Aguardo uma resposta. Abs!

gustavo disse...

Meryl Streep é o melhor do filme!!!
Linda!

Anômima disse...

Tá na lista de DVDs. Se for no estilo de Hairspray, eu vou gostar.

fabiana disse...

Cecília, erro corrigido!

Matheus Pannebecker disse...

Ah, eu ADOREI o filme! Meryl Streep perfeita e arrasando. Cafona e brega? Sim. Mas muitissimo divertido e agradável. Isso supera todos os defeitos.