Porque, todo filme é bom, o que atrapalha é a crítica. Ou não?

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Tantos filmes...
... e uma preguiça louca de escrever. Mas, eu ainda "amo-lhos". Muito.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Apenas uma vez




Umas das coisas chatas de 2008, foi não ter tido a oportunidade de assistir ´Apenas uma vez´(Once/2006) no cinema. Belo Horizonte mudou muito desde então. Nessa época, nem tudo estreava aqui (incluindo filmes do Oscar) e quando passava, era rapidamente em uma sala obscura das Usinas de Cinema. Era bem trágico.
Anyway, águas passadas, dia desses, embalada pela trilha sonora bacanérrima e pelo ´e se...´ mais fofo dos últimos tempos, revi o filme e chorei compulsivamente mais uma vez.
A história simples de amor e amizade, onde duas pessoas se encontram por acaso e se unem através da música, pode soar piegas, mas é o grande lance do filme. Embalado pelas belas composições de Glen Hansard e Markéta Irglová (amigos na vida real), o filme vai muito além de um romance bobo e um musical enfadonho, é repleto de cenas que induzem a reflexão e os poucos diálogos presentes, são suficientes para alicerçar a história.
Sabendo equilibrar esses elementos: música, sentimentos, escolhas, renúncias,´Apenas uma vez´ é aquele filme com desfecho iluminado e esperançoso. Mostrando que, a vida vem sempre carregada de grandes escolhas e que, muitas vezes, a razão fala mais alto que o coração.
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sábado, 12 de março de 2011

O Discurso do Rei



Retratando uma parte da história que a maioria do público não conhecia (pelo menos eu e José Wilker), o diretor Tom Hooper, já carimbado por retratar a monarquia britânica na série televisiva Elizabeth I, conseguiu um feito: falar da trajetória do Rei gago de maneira simples, dinâmica e comovente. É difícil imaginar o Rei da Inglaterra, o homem mais poderoso do mundo como um sujeito inseguro.
Em uma performance comovente, Colin Firth (com seu Oscar merecido) faz do monarca britânico o Rei mais cativante que eu já vi.
Na linha ´coadjuvantes que roubam a cena´, chega Geofrey Rush, como o terapeuta Lionel Logue, com métodos nada ortodoxos que vai se tornar o braço direito do protagonista na sua luta contra a gagueira.
A amizade que o Rei e o plebeu desenvolvem, faz com que o público veja a realeza de outra forma, muito além dos escândalos (apesar deles estarem bem presentes no filme). A cena em que Lionel passa de terapeuta para amigo confidente no consultório é no mínimo paradoxal, porém, confere a nós uma intimidade com o personagem de Firth nunca antes retratada. É impossível não sentir pena do pobre (?) Bertie!
Helena Bonham Carter é um caso à parte. Finalmente consegui ver uma atuação digna dela que não fosse algum personagem excêntrico de Tim Burton! A esposa apoiadora do Rei também sofria, coitada, mas o que seria dele sem ela.
O filme tem uma fotagrafia linda, um roteiro que não é piegas e nem romantizado demais, uma luz e um enquadramento de câmera que favorecem a ação do filme. Sim, a trajetória do Rei gago tinha tudo para não empolgar uma ida ao cinema, mas, com tudo isso e ótima escolha de elenco, Tom Hooper conseguiu o que queria.
Não era meu preferido no Oscar, mas, tem seu mérito por ser um filme tão tocante! Sem contar que, Colin Firth, lindo de morrer na cerimônia recebendo seu prêmio foi um vislumbre!

sexta-feira, 4 de março de 2011

127 Horas



História real do aventureiro Aron Ralston (James Franco), um cara que conhece os canyons como a palma da sua mão, mas, por ironia do destino, em uma de suas aventuras corriqueiras, fica preso numa vala com uma rocha sobre o seu braço direito. É preso nesse buraco, que ele vai passar 127 horas se perguntando o que deu errado, repassar toda a sua vida e tentar encontrar um jeito de sair dalí.
Ora, aí você se pergunta: como fazer um filme, de no mínimo 90 minutos sobre um cara preso dentro de um buraco no canyon, no meio do nada?
Danny Boyle (diretor em Quem quer ser um milionário?), fanfarrão, alternou flashbacks, alucinações e claro, muita merchandising (a cena em que Aron lembra do gatorade esquecido no carro e as inúmeros comerciais de refrigerantes, genial) para criar o universo de Aron e sua aflição dentro do buraco. Funciona!
Aron é aquele sujeito que esquece o canivete suíço em casa, mas, nunca se esquece de levar a companheira câmera digital nas suas aventuras, objeto que é praticamente seu coadjuvante no filme. Era de se esperar nessa era globalizada e seus aventureiros 2.0.
A medida que o tempo passa e o perrengue se instala, pensar na morte é inevitável, e é nesses momentos que lamentar os erros e oportunidades perdidas do passado, como: a ex-namorada, os momentos passados com a família, aquele telefonema que você não atendeu antes de sair de casa, se tornam as grandes sacadas de Danny Boyle.
O formato vídeo-testemunho, também favorece os diálogos no filme, ficando imposssível não ser solidário ao pobre Aron.
James Franco não é aquele ator excepcional, mas, é a cara e o charme de Aron Ralston. Escolha acertada de Danny Boyle.
O fim, todo mundo sabe, Aron se tornou celebridade após o acidente, e os minutos finais do filme mostram seus trinfos posteriores, nada mais. E quem se importa? A cena em que Aron corta o próprio braço já prova que instinto de sobrevivência vai muito além de ter uma câmera digital na mão, é do ser humano lutar pela própria vida!

quarta-feira, 2 de março de 2011

O Vencedor



O Vencedor (The Fighter/2010) é a história real do boxeador Mickey Ward (Mark Walbergh), que cresceu à sombra do irmão Dick Eklund (Christian Bale), famoso por derrubar o ex-boxeador Sugar Ray Leonard.
O filme, indicado a 7 oscars e vencedor do prêmio de melhor ator coadjuvante (Christian Bale) e atriz coadjuvante (Melissa Leo), é o retrato de uma família decadente tentando viver do que restou da fama. Desde a perua louca, mãe dos lutadores (Alice vivida pela camaleoa Melissa Leo), passando pelo fracassado e viciado Dick e somando as irmãs quase que saídas de um filme de bruxas da Disney. Tudo na vida dessa gente é uma tristeza.
Após várias lutas mal sucedidas, Mickey decide tomar as rédeas da sua carreira e com a ajuda de Charlene (Amy Adams voluptuosa, haha) entra em pé de guerra com a própria família para se tornar um boxeador bem sucedido. Talento ele tem, falta garra para confiar em suas próprias habilidades e se tornar o vencedor do título.
Tal como outros filmes sobre superação nos esportes, ´O Vencedor´ não é sobre boxe e sim sobre as complexas relações familiares e como isso pode influenciar no seu fracasso ou na sua superação.
A maneira como é colocado o sentimento maternal de Alice e sua predileção pela ovelha negra da família, Dick, faz com que o personagem de Mark Walbergh, o tal vencedor, se torne um chato, incapaz de resolver seus próprios problemas. Isso quase acaba com o filme, mas, Mickey resolve levar o pugilismo para o lado mais profissional e aí sim seu presonagem cresce (não a ponto de superar os demais personagens, mas, enfim). Deve ter sido difícil para Mickey bater de frente com a mãe controladora e o irmão delinquente, mas, ele conseguiu!
Eu já falei aqui que adoro o Mark Walbergh, mas, definitivamente ele é engolido pelos seus coadjuvantes. Vai ver, é por isso que o destaque no pôster do filme seja para Christian Bale e não para ele.
´O Vencedor´ tem seu crédito pelas boas performances de Bale e Melissa, mas, a história simples de derrota x superação, também vai agradar o expectador. Não tem grandes reviravoltas, mas, isso não faz dele um filme ruim.

terça-feira, 1 de março de 2011

Oscar 2011


Tem coisas que nunca mudam mesmo.
Como era de se esperar, quem era favorito levou a melhor nos prêmios principais do Oscar esse ano, e, fora alguns pontos de interrogação em categorias como fotografia, a cerimônia seguiu assim, sem muitas surpresas mesmo.
O prêmio principal ficou com ´O Discurso do Rei´, filme feito para ganhar o Oscar. É claro que todo aquele furor de ´A Rede Social´ ia passar um dia, e como esperado, a academia premiou quem achou que merecia. Minha torcida era pra ´Cisne Negro`, mas, tava na cara que só Natalie Portman levaria a estatueta pra casa, porque, como todo mundo sabe, a Academia só premia filmes com uma linguagem cinematográfica que segue a linha dos clássicos, a não ser que aconteça coisas como ´Quem quer ser um milionário´ e se torne um azarão. Como `Cisne Negro` não é filme que segue a linha azarão, está mais pra ser ´aquele que merecia, mas, não levou´, tipo ´Sangue Negro´. Mas, como eu disse aí em cima, ´O Discurso do Rei´ merecia mais que ´A Rede Social´ então, eu estou satisfeita.
Falando em Natalie Portman, ora, quando Jeff Bridges começou a discursar sobre as características artísticas de cada indicada, era nítida a emoção de Natalie Portman e a falta de confiança das outras indicadas, sobretudo Michelle Willians. Era o ano da Rainha Amidala, não tinha jeito!
Já a Miss Simpatia, Sandra Bulock que eu adoro, sobretudo não tem lá grandes performances na tela, incluindo a que lhe rendeu o Oscar ano passado, tentou tratar os candidatos a melhor ator com dignidade, mas, quando Colin Firth apareceu na tela chorando na pele do Rei gago, tava nítido que não tinha pra mais ninguém. Contido como um lord inglês (porém, visivelmente comovido), Colin esboçou poucos sorrisos no discurso de agradecimento e estava lindo e elegante como ninguém. A minha torcida era pra ele.
´O Vencedor´ e seus atores coadjuvantes dignos do grande prêmio, Melissa Leo inclusive, irreconhecível. Não achei que ela levaria, mas, foi merecido. Christian Bale e seu problemático e esquálido boxeador decadente... justiça foi feita!
Eu já esperava que ´A Origem´ levaria todas as categorias técnicas, mas, fotografia foi meio forçado, não? Uma vez que toda a realidade/sonho do filme tem mais de computação gráfica e efeitos especiais que fotografia em si.
O prêmio de melhor direção me deixou surpresa! Achei de David Fincher levaria fácil, mas, como eu disse, ´A Rede Social´ perdeu um pouco da sua força com o passar do tempo, e como a minha torcida era pra Aronovski, deixa pra lá. Era o ano da realeza britânica, mesmo.
O casal de apresentadores foram um caso à parte, néam? Anne Hathaway visivelmente empolgada, balançando as franjas do vestido e tudo mais e James Franco blasé, até na hora de falar do seu filme ´127 horas´. Foi péssimo!
As canções indicadas ao prêmio e suas interpretações foram um show à parte, com uma certa vergonha alheia de Gwyneth Paltrow e Mandy Moore, mas, foi tão bonitinho ver Randy Newman ao piano cantando o tema de ´Toy Story 3´, néam?
No mais, muita enchessão de linguiça como sempre, Nicole Kidman cada vez mais gasparzinho, Halle Berry linda de morrer e Amy Adams com cabelo e vestido cafona, e a academia insistindo em ser democrática, mas, acaba ficando em cima do muro, premiando ´O Discurso do Rei´ como melhor filme e ignorando sua fotografia e figurino. Dando a estatueta para de melhor atriz para Natalie Portman e ignorando Aronofsky totalmente. Premiando dois ótimos atores coadjuvantes e considerando ´O Vencedor´ como, apenas um filme sobre boxe.
É uma pena.
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Nosso bolão de última hora ficou assim:
*Melhor filme:
A Rede Social - 3 votos
O Discurso do Rei - 2 votos
Cisne Negro - 1 voto
*Diretor:
Darren Aronofsky - 2 votos
David Fincher - 2 votos
Tom Hooper - 1 voto
*Ator:
Colin Firth - 6 votos
*Atriz:
Natalie Portman - 6 votos
*Atriz coadjuvante:
Amy Adams - 2 votos
Haillee Steinfeld - 2 votos
Melissa Leo - 1 voto
*Ator Coadjuvante:
Christian Bale - 5 votos
*Melhor longa animado:
Toy Story 3 - 5 votos
Como treinar seu dragão - 1 voto
*Curta de animação:
Day & Night - 4 votos
*Filme estrangeiro:
Em um mundo melhor - 3 votos
Dente Canino - 2 votos
*Direção de arte:
A Origem - 2 votos
Alice - 2 votos
O Discurso do Rei - 1 voto
*Melhor Figurino:
Alice - 2 votos
O Discurso do Rei - 1 voto
*Melhor Fotografia:
A Origem - 1 voto
Bravura Indômita - 2 votos
*Melhor montagem:
A Rede Social - 2 votos
Cisne Negro - 1 voto
*Roteiro Original:
A Origem - 2 votos
O Discurso do Rei - 1 voto
*Roteiro Adpatado:
A Rede Social - 3 votos
*Mixagem de som:
A Origem - 2 votos
A rede Social - 1 voto
*Efeitos especiais/Edição de som
A Origem - 3 votos
*Maquiagem:
O Lobisomen - 3 votos
*Canção Original:
If I Rise - 127 horas - 2 votos
I see the light - Enrolados - 1 voto

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Bolão


Fiz um bolão do Oscar (tardiamente) aí do lado com algumas das principais categorias.
Divirtam-se!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Cisne Negro



Cisne Negro (Black Swan/EUA/2010) não é sobre a paixão da bailarina pela dança. É o mergulho total de uma bailarina na sua arte, sua entrega física, mental e emocional. É sobre ser obsecada pela perfeição, pela auto-disciplina, pela arte.
O filme retrata a vida da bailarina Nina (Natalie Portman) diante da maior oportunidade da sua carreira, ser a protagonista do clássico Lago dos Cisnes. Mas, ser a rainha do lago tem seus desafios, e o medo de não corresponder às expectativas da Companhia de dança, o receio de falhar e a pressão de ser substituída por alguém mais jovem, fazem com que Nina mergulhe em seus sentimentos mais íntimos e comprometa sua estrutura emocional.
A delicada Nina de Natalie Portman, nada mais é do que o melhor papel de sua carreira até hoje. É como se todas aquelas sequências de Star Wars e os filmes de Luc Beson no início da carreira não fizessem nenhum sentido. Natalie é a beleza e a ingenuidade do cisne branco e assustadoramente a personificação do cisne negro quando se transforma. Aliás, a metamorfose da personagem ao longo do filme é devastadora e vai muito além de uma transformação física. É uma transformação interna, que se expressa sem palavras, só através da dança.
O filme é belíssimo em todos os sentidos, na sua fotografia sombria, na direção de arte primorosa, na trilha sonora que faz do tema de Tchaikovski brilhante e finalmente pela direção de Darren Aronofsky que arquitetou tudo de forma perfeita.
É injusto pensar só em Natalie Portman no Oscar, uma vez que tudo em Cisne Negro é digno de aplausos após a cena final.
Ainda não vi todos os filmes do Oscar (e olha que os que eu vi são totalmente excelentes), mas, fica muito mais difícil pensar em algo melhor que Cisne Negro levando a estatueta dourada de melhor filme, direção e atriz esse ano.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Uma mãe em apuros



Com cabelos desgrenhados e um visual bizarro, que inclui uma camisola azul bebê com desenho de nuvens, Uma Thurman encarna uma mãe nova yorkina que vive a vida lôka de limpar a sujeira do cubículo onde mora, cozinhar, cuidar dos filhos, do marido, fazer compras, organizar uma festa de aniversário para a filha e ainda escrever um blog. E o que era pra ser um filme pra rir (e o filme vende essa imagem), cheio de clichês de mães loucas padecendo no paraíso, se torna um drama do que se tornou a vida da personagem após a maternidade.
A roteirista e diretora, Katherine Dieckmann, encara toda a rotina da personagem Eliza (Thurman) com muita sobriedade e reflexões bastante dignas, em que, a maioria das mães urbanas vão se identificar. No entanto, entre uma reflexão e outra, a diretora cai na banalidade de retratar coisas como: uma mãe neurótica que Eliza encontra no parque que cria o filho dentro de uma redoma anti-raios UVB, Eliza disputando roupas numa liquidação e disputando vaga no estacionamento da rua. São bobagens diante de outros dilemas muito mais válidos que poderiam ser discutidos no filme, descartável.
Minnie Driver (de Gênio Indomável), interpreta a melhor amiga de Eliza, e de longe, é a melhor personagem do filme, responsável pelas cenas mais engraçadas.
Resumindo: Uma mãe em apuros veste a roupa de comédia, mas, está mais para um drama moderno. Seus diálogos poderiam ser melhores e Uma Thurman é uma mãe lixo, sem um pingo de dignidade, pelamordedeus, ninguém é assim!
Entretanto, o filme vale pelas reflexões de Eliza como um todo, pelos seus textos no blog, por Minnie Driver, a melhor amiga que uma pessoa como Eliza poderia ter e pelos seus momentos de humor aqui e ali. Poderia ser mais, mas, nem tudo é perfeito.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Querido John



Estava demorando para pipocar romances tendo como pano de fundo o 11 de setembro. Acho bem válido, uma vez que as 1ª e 2ª guerras mundiais já renderam muito para Hollywood. Rendeu tanto, que tivemos que engolir guéla abaixo coisas como ´Pearl Harbor´ e ´Capitão Corelli´, ninguém merece, néam?
´Querido John´ (Dear John/EUA/2010) veio com muito ôba ôba, muito pelo aclamado escritor Nicholas Sparks, que escreveu o comovente ´Diário de uma paixão´ que também virou filme. Eu adorei ´Diário´, me fez lembrar que ainda é possível escrever lindas histórias de amor, é por isso que esperava bem mais de ´Querido John´.
O filme, conta a história do soldado John (Channing Tatum, de G.I. Joe - A origem cobra) que está de licença do exército no verão e conhece Savanah (Amanda Seyfried, de Mama Mia) e se apaixona. Os dois vivem intensamente esse romance durante duas semanas, em meio a passeios românticos na praia, beijo na chuva e tudo mais, até que, terminado o verão, John precisa voltar ao exército e Savanah retomar seus estudos na faculdade. Apaixonados, fazem planos de ficarem juntos após a dispensa de John no exército e prometem trocar cartas durante esse período. Mas, aí vem o 11 de setembro e tudo muda, inclusive as chances desse romance continuar. John, induzido por seu dever patriótico, decide se alistar para o que chamaram de ´guerra ao terror´, o que vai gerar consequências para o seu relacionamento com Savanah.
O talento de Nicholas Sparks para histórias românticas é tocante, de verdade, mesmo com todos os clichês envolvidos. É impossível não se envolver com o drama de John e Savanah. Mas, diferente de ´Diário de uma paixão´, que arrancou interpretações convincentes de Ryan Gosling e Rachel McAdams, Querido John se perdeu no meio do caminho pelas interpretações fracas de seus protagonistas. Amanda Seyfried é bonitinha e meiga, como a Savanah do início do filme, mas, não acompanha a evolução e amadurecimento da Savanah pós 11 de setembro, é uma pena. Já Channing Tatum é galã, lindo de morrer, realmente, derrete o coração da mulherada quando aparece na tela, mas, a falta de expressão facial do rapaz em cena chega a doer.
O que poderia ter sido um romance tocante, típico de Sparks, virou alguma coisa sem sentido entre os motivos do distanciamento de Savanah e John e as cartas que eles escreveram. Um romance desse nível, não merececia um desfecho tão sem sal com atuações tão medianas.
É o que eu sempre digo: de que vale uma fotografia linda, uma trilha sonora emocionante e uma história bonita, se o casal de protagonistas te tira toda a vontade de viver aquele romance?