Porque, todo filme é bom, o que atrapalha é a crítica. Ou não?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Uma mãe em apuros



Com cabelos desgrenhados e um visual bizarro, que inclui uma camisola azul bebê com desenho de nuvens, Uma Thurman encarna uma mãe nova yorkina que vive a vida lôka de limpar a sujeira do cubículo onde mora, cozinhar, cuidar dos filhos, do marido, fazer compras, organizar uma festa de aniversário para a filha e ainda escrever um blog. E o que era pra ser um filme pra rir (e o filme vende essa imagem), cheio de clichês de mães loucas padecendo no paraíso, se torna um drama do que se tornou a vida da personagem após a maternidade.
A roteirista e diretora, Katherine Dieckmann, encara toda a rotina da personagem Eliza (Thurman) com muita sobriedade e reflexões bastante dignas, em que, a maioria das mães urbanas vão se identificar. No entanto, entre uma reflexão e outra, a diretora cai na banalidade de retratar coisas como: uma mãe neurótica que Eliza encontra no parque que cria o filho dentro de uma redoma anti-raios UVB, Eliza disputando roupas numa liquidação e disputando vaga no estacionamento da rua. São bobagens diante de outros dilemas muito mais válidos que poderiam ser discutidos no filme, descartável.
Minnie Driver (de Gênio Indomável), interpreta a melhor amiga de Eliza, e de longe, é a melhor personagem do filme, responsável pelas cenas mais engraçadas.
Resumindo: Uma mãe em apuros veste a roupa de comédia, mas, está mais para um drama moderno. Seus diálogos poderiam ser melhores e Uma Thurman é uma mãe lixo, sem um pingo de dignidade, pelamordedeus, ninguém é assim!
Entretanto, o filme vale pelas reflexões de Eliza como um todo, pelos seus textos no blog, por Minnie Driver, a melhor amiga que uma pessoa como Eliza poderia ter e pelos seus momentos de humor aqui e ali. Poderia ser mais, mas, nem tudo é perfeito.

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