Porque, todo filme é bom, o que atrapalha é a crítica. Ou não?

sexta-feira, 4 de março de 2011

127 Horas



História real do aventureiro Aron Ralston (James Franco), um cara que conhece os canyons como a palma da sua mão, mas, por ironia do destino, em uma de suas aventuras corriqueiras, fica preso numa vala com uma rocha sobre o seu braço direito. É preso nesse buraco, que ele vai passar 127 horas se perguntando o que deu errado, repassar toda a sua vida e tentar encontrar um jeito de sair dalí.
Ora, aí você se pergunta: como fazer um filme, de no mínimo 90 minutos sobre um cara preso dentro de um buraco no canyon, no meio do nada?
Danny Boyle (diretor em Quem quer ser um milionário?), fanfarrão, alternou flashbacks, alucinações e claro, muita merchandising (a cena em que Aron lembra do gatorade esquecido no carro e as inúmeros comerciais de refrigerantes, genial) para criar o universo de Aron e sua aflição dentro do buraco. Funciona!
Aron é aquele sujeito que esquece o canivete suíço em casa, mas, nunca se esquece de levar a companheira câmera digital nas suas aventuras, objeto que é praticamente seu coadjuvante no filme. Era de se esperar nessa era globalizada e seus aventureiros 2.0.
A medida que o tempo passa e o perrengue se instala, pensar na morte é inevitável, e é nesses momentos que lamentar os erros e oportunidades perdidas do passado, como: a ex-namorada, os momentos passados com a família, aquele telefonema que você não atendeu antes de sair de casa, se tornam as grandes sacadas de Danny Boyle.
O formato vídeo-testemunho, também favorece os diálogos no filme, ficando imposssível não ser solidário ao pobre Aron.
James Franco não é aquele ator excepcional, mas, é a cara e o charme de Aron Ralston. Escolha acertada de Danny Boyle.
O fim, todo mundo sabe, Aron se tornou celebridade após o acidente, e os minutos finais do filme mostram seus trinfos posteriores, nada mais. E quem se importa? A cena em que Aron corta o próprio braço já prova que instinto de sobrevivência vai muito além de ter uma câmera digital na mão, é do ser humano lutar pela própria vida!

6 comentários:

Rafael Carvalho disse...

Bem, tenho várias rstrições em relação ao filme. A tal cena "forte" me pareceu um tanto falseada por uma montagem péssima que quebrava o ritmo de tensão a todo instante. Os flashbacks e alucinações são todos muito articifiais e a atuação do Franco é de uma canastrice sem igual. Tudo isso faz o filme ficar assim vazio, sem muito o que dizer. Consegue ser pior até do que O Discurso do Rei, seu concorrente no Oscar.

fabiana disse...

Rafael, fiquei com a cena de Aron cortando os ligamentos do braço na minha cabeça por dias!

pseudo-autor disse...

Eu gostei bastante, mas não dos meus preferidos do ano até agora. Fico surpreso é com a maneira como o James Franco vem conduzindo a sua carreira. E eu que não dava nada por ele quando fez o Harry Osborn do Homem-Aranha!

Cultura na web:
http://culturaexmachina.blogspot.com

Quéroul disse...

amei pra toda vida. e só.

Anônimo disse...

Pelo teor bem positivo do teu texto achei que a nota seria maior.

Gostei bastante de 127 horas viu, inclusive tá entre os 5 melhores do ano até agora pra mim!

OBS: Conheci teu blog hoje e curti bastante.

To seguindo.

fabiana disse...

Seja bem vindo!

:)