Porque, todo filme é bom, o que atrapalha é a crítica. Ou não?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Querido John



Estava demorando para pipocar romances tendo como pano de fundo o 11 de setembro. Acho bem válido, uma vez que as 1ª e 2ª guerras mundiais já renderam muito para Hollywood. Rendeu tanto, que tivemos que engolir guéla abaixo coisas como ´Pearl Harbor´ e ´Capitão Corelli´, ninguém merece, néam?
´Querido John´ (Dear John/EUA/2010) veio com muito ôba ôba, muito pelo aclamado escritor Nicholas Sparks, que escreveu o comovente ´Diário de uma paixão´ que também virou filme. Eu adorei ´Diário´, me fez lembrar que ainda é possível escrever lindas histórias de amor, é por isso que esperava bem mais de ´Querido John´.
O filme, conta a história do soldado John (Channing Tatum, de G.I. Joe - A origem cobra) que está de licença do exército no verão e conhece Savanah (Amanda Seyfried, de Mama Mia) e se apaixona. Os dois vivem intensamente esse romance durante duas semanas, em meio a passeios românticos na praia, beijo na chuva e tudo mais, até que, terminado o verão, John precisa voltar ao exército e Savanah retomar seus estudos na faculdade. Apaixonados, fazem planos de ficarem juntos após a dispensa de John no exército e prometem trocar cartas durante esse período. Mas, aí vem o 11 de setembro e tudo muda, inclusive as chances desse romance continuar. John, induzido por seu dever patriótico, decide se alistar para o que chamaram de ´guerra ao terror´, o que vai gerar consequências para o seu relacionamento com Savanah.
O talento de Nicholas Sparks para histórias românticas é tocante, de verdade, mesmo com todos os clichês envolvidos. É impossível não se envolver com o drama de John e Savanah. Mas, diferente de ´Diário de uma paixão´, que arrancou interpretações convincentes de Ryan Gosling e Rachel McAdams, Querido John se perdeu no meio do caminho pelas interpretações fracas de seus protagonistas. Amanda Seyfried é bonitinha e meiga, como a Savanah do início do filme, mas, não acompanha a evolução e amadurecimento da Savanah pós 11 de setembro, é uma pena. Já Channing Tatum é galã, lindo de morrer, realmente, derrete o coração da mulherada quando aparece na tela, mas, a falta de expressão facial do rapaz em cena chega a doer.
O que poderia ter sido um romance tocante, típico de Sparks, virou alguma coisa sem sentido entre os motivos do distanciamento de Savanah e John e as cartas que eles escreveram. Um romance desse nível, não merececia um desfecho tão sem sal com atuações tão medianas.
É o que eu sempre digo: de que vale uma fotografia linda, uma trilha sonora emocionante e uma história bonita, se o casal de protagonistas te tira toda a vontade de viver aquele romance?

3 comentários:

Rafael Moreira disse...

Ah, eu até que gostei do filme. Mesmo o Channing Tatum estando péssimo. O que mais incomoda é sua falta de expressão mesmo. Mas acho que é válido ver o filme. Adoro Amanda e Jenkins, principalmente o último, estão fantásticos. Bjos!

Anônimo disse...

Acho esta a adaptação mais fraca de um livro do Nicholas Sparks. A história tem muitos erros de desenvolvimento. A gente não se emociona e se envolve quanto deveria. Mas, gostei da química entre Amanda Seyfried e Channing Tatum.

Quéroul disse...

NÃO!


e agora vá lá fazer apostas de oscar no ai-credo, vá.
:)