Porque, todo filme é bom, o que atrapalha é a crítica. Ou não?

quarta-feira, 11 de março de 2009

O curioso caso de Benjamin Button




‘O curioso caso de Benjamin Button’ (The Curious Case of Benjamin Button/EUA/2008) é aquele tipo de filme que você espera ansiosamente, não só pelo elenco de estrelas, como pela direção primorosa de David Fincher, um dos melhores diretores dos últimos tempos, na minha opinião. ‘Seven’ entrou fácil na minha lista dos melhores da década de 90 e ‘Zodíaco’ certamente entrará na minha lista dos melhores de 2000-2009. Mas, Benjamin Button chegou e de cara recebeu 13 indicações no Oscar, para o ator estelar e para o diretor competente, mas, não levou nenhum dos dois. Algo errado? Acho que não.
O filme conta a história do bebê Benjamin que é abandonado na porta de um asilo pelo próprio pai por ser considerado um monstro. O pequeno Benjamin, nasce velho e às portas da morte, com todas as doenças imagináveis que vem junto com a 3ª idade. Mas, curiosamente, à medida que cresce, como um milagre, Benjamin rejuvenesce, invertendo o caminho natural da vida.
O filme, assombra pelos efeitos visuais e pela maquiagem. O bebê Benjamin velho e enrugado abandonado no asilo, o corpo senil ao longo da sua infância e o incrível processo de rejuvenescimento são coisas que cativam o público. Na verdade, não vemos a hora de Benjamin assumir a sua ‘verdadeira forma’ e ganhar o mundo. Mas, é justamente aí que o filme se perde. David Fincher perde tempo demais explorando a velhice de Benjamin e explicando o que já está implícito nas imagens.
O romance de Benjamin e a pequena Daisy (Cate Balnchett) que tem quase a mesma idade, mas, são separados pela diferença de idade aparente (Benjamin velho/Daisy jovem), não ganha força ao longo do filme. Na verdade, faltou alguma coisa para eu acreditar nesse romance e não tem nada a ver com as atuações de Brad Pitt e Cate Blanchett. Na verdade, Fincher não conseguiu transpor para as telas aquele romance arrebatador retratado nesse tipo de filme. É uma pena.
Ainda assim, ‘Benjamin Button’ tem os seus méritos, além da excelente maquiagem, o elenco de apoio e a fotografia fazem dele um dos filmes imperdíveis do ano. Sem contar, que não é todo dia que vemos Brad Pitt gostosão em uma lambreta turbinada e relembramos como ele era perfeito aos 20 anos, quando arrebatou a mulherada em 'Telma & Louise'. E, meu Deus, Cate Blanchett é a mulher mais linda do mundo, mesmo velha!
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Trailer:
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6 comentários:

Doug disse...

acho q o filme é bom, só isso... muito desse 'bom' se deve aos efeitos especiais. ñ gostei da Cate velha narrando a história pra filha enquanto espera um furacão, tudo muito previsível. fora isso, vale o ingresso pela beleza da Cate, mesmo q em contrapartida vc tenha q suportar os 'ais e uis' quando Pitt anda de lambreta ou volta a ter 20.

Manuela disse...

Eu confesso que esperava mais do filme.Talvez por td propaganda feita..mas é um bom filme. Não é um ótimo. Como vc disse, algo se perdeu, mas é bom.

Bjos!!!

Lu. disse...

É um filme que falta algo, e o que tem demais poderia ser cortado. Meu sentimento foi: "que pena". Com um casal principal desse, e um diretor fantástico, tinha tudo para ser o melhor do século. Não foi dessa vez.

PS: Mas sim, ver Brad Pitt jovem na lambreta foi uma emoção. Aliás, a parte que mais me emocionou no filme, sério. E não foi nem pela história, e sim por relembrar do Brad!

Ricardo Nespoli disse...

Mais uma vez fiz uma crítica apaixonada por demais no meu blog e hoje consigo ver que realmente faltaram algumas coisas, mas... ahn, e daí? Ainda acho um filme lindo e sensacional... Excelentes interpretações...

Anômima disse...

Então... incrível como o Benjamin jovem/velho (ah, o do começo) é infinitamente mais interessante do que o velho/jovem. Parece que as pessoas ficam imaturas com o tempo, é isso? Um filme de encher os olhos e esvaziar a alma.

gustavo disse...

É um filme lindo.
falho.
mas lindo.
cópia de Forrest Gump.
mas lindo.