Porque, todo filme é bom, o que atrapalha é a crítica. Ou não?

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A Outra



Histórias sobre a corte européia costumam dar muito pano pra manga em Hollywood. Sinceramente, eu já perdi a conta de quantos filmes já foram feitos sobre o tema. Mas, se tem uma coisa que me chama atenção em filmes desse tipo, é a maneira como o diretor introduz a ficção dentro do contexto histórico, o que algumas vezes nos brinda com filmes como 'Maria Antonieta' e 'Elizabeth'. É certo, que os dois filmes foram feitos com propósitos totalmente diferentes, mas, mesmo com propostas distintas de suas produções, me conquistaram, respectivamente, por: 1) retratar a corte pela visão de uma adolescente e despropositalmente (ou não) ser pop e 2) por ser mais fiel à história real, mas, sem perder o fio da meada que mistura realidade com ficção, afinal, isso é cinema e entretenimento e não um documentário.
Ontem, ao terminar de assistir 'A Outra' (The Other Boleyn Girl /EUA/Inglaterra/2008), apesar das boas interpretações, me senti um pouco lesada pelo diretor Justin Chadwick. Isso, porque, simplesmente não consegui encontrar o caminho entre história real/ficção. Eu sei que, pouco mais de 2 horas de filme não são fuficientes para contar uma história tão controversa como a rivalidade das duas irmãs Bolena pelo coração do Rei Henrique VIII, mas, um pouco mais de congruência, por favor!
É certo que a grande sacada do diretor foi ter escalado Natalie Portman para o papel de Ana Bolena, mas, ao vermos Scarlett Johansson fazendo seu eterno biquinho 'inocente' para dar vida à irmã de Ana, Maria Bolena, percebemos que o diretor nem se esforçou muito para esconder do telespectador quem seria a 'mocinha' e quem seria a 'vilã' da história. E torcemos o tempo todo para a Ana Bolena de Natalie Portman, e eu acho que o certo seria torcer para a 'mocinha' Maria Bolena, certo? E nem é birra da Scarlett Johansson, é puro disparate nas interpretações de ambas. Natalie Portman comanda o filme! Pra falar a verdade, se o Rei Henrique VIII não existisse nos livros de história, seria melhor que fosse cortado do filme, sério. Eu adoro o Eric Bana, mas, não só ele como todos os outros personagens do filme ficam à sombra de Natalie Portman. E talvez esteja aí o erro.
O filme vale por ela, porque, não sobra mais nada relevante nessa história. Na verdade, seria muito melhor se o filme fosse somente sobre a vida de Ana Bolena, a rainha bruxa da Inglaterra. Seriam 2 horas ou mais, muito mais bem aproveitadas. É uma pena que Natalie Portman não repetiria um mesmo papel.
Trailer:

10 comentários:

Alexandre disse...

As duas no mesmo filme?! Preciso ver isso.. :PP

Esse Henricão é um sortudo.. (rs)

Robson Saldanha disse...

Eu já estou com ele em mãos... gosto dessa temática e quero conferi-lo logo!

Lu. disse...

Sou apaixonada pela história de Henrique e Ana Bolena (assim como a rebenta de ambos, Elizabeth). Adoro todo esse período da Dinastia Tudor - vide minha paixão pela série, apesar de muitas vezes mostrar-se historicamente incorreta.

Portanto, adorei esse filme. Sim, vale mais pela interpretação da Natalie, mas achei a história bem contada, pois mostrou um lado mais humano da Ana. Torcemos para ela não apenas pela atuação de Natalie, mas também por compreendermos as razões que a levaram a tal posição. Também acho fasinante como a mulher, desde então, sempre exerceu grande influência sobre um homem (por mais poderoso que ele seja).

Sem contar que a Ana de Natalie torna-se bem mais complexa, por nunca sabermos exatamente quando ela age por amor ou por ambição (fato que fica mais claro e infinitamente mais doloroso no seriado, devido ao destino da moça), enquanto, com contrapartida, a boazinha Maria não apresenta grandes coisas, mesmo sendo um personagem que merecia ser melhor explorado. Afinal, ela gostava mesmo do cara, porém, como uma boa dama digna da época - diferente de sua irmã -, simplesmente prestou-se ao papel esperado pela sociedade.

Além disso, o filme trata de um tema delicado, independente de suas razões históricas: a competição básica entre irmãs, principalmente quando se trata de macho. Podem dizer que não, mas isso ocorre, e é um assunto que poucas vezes é mostrado na tela.

Mas enfim, poderia ser melhor? Claro. Contudo, ficou bom de qualquer jeito.

(ok, pirei no comentário, foi mal aê hahahahaha)

Dr Johnny Strangelove disse...

Bibi ...
Real ...

Achei o filme um lixo ...
Intragavel do inicio ao fim e Natalie Portman dando uma interpretação que da uma vontade de meter uma bifa de tanta merda que ela fez ...

Um filme sem alma e sem vida ...
Pena ...

Beijos

Otavio Almeida disse...

Ainda não vi o filme, Fabi! Mas está na minha imensa lista de DVDs para alugar.

Bjs!

Anônimo disse...

Me identifiquei com sua crítica. Alguns detestaram o filme e, apesar de reconhecer suas muitas falhas, seja o históricamente incorreto e o excesso de melodrama, ainda consegui me envolver na história e com os personagens, graças ao visual e ao elenco, que satisfaz. O destaque vai para Portman, excelente. É um guilty pleasure. O filme é divertido mas é, claro, extremamente problemático.

3 estrelas.

Ciao!

Sunflower disse...

assisti ontem, gostei, achei corretinhome bem interpretado, por todos. Nao msei se a Natalie Portman dá um show, ou se simplesmente Ana Bolena foi um show de mulher.

Maria, que era mais simples, podia ser lida, e isso a scarlette fez bem.

Odiei Maria Antonieta, a proposito, como tudo o que Sofia Copolla fez, achei insosso.

beijas

Rafael Carvalho disse...

Também não vi o filme ainda, e me desanimei muito pelas críticas negativas que recebeu. E Eric Bana parece ser o ator mais sortudo do ano porque é cobiçado, ao mesmo tempo, por Natalie Prtman e Sacarlett Johansson. Que sonho, meu Deus!!!!!

Unknown disse...

gostei mto do filme é mto bom de entretenimento, porém mto pouca veracidade nos fatos, primeiro q Maria Bolena era mais velha q Ana um ou dois anos mais velha q Ana, históriades já confirmaram isso, segundo nem se sabe se maria teve msm algum filho do Rei Henrique, pq se ela tivesse msm tido um filho dele com certeza o rei teria assumido a criança assim como fez com o bastardo q ele teve de outra amante dele q ele assumiu pra toda a sociedade dando inclusive títulos pro filho bastardo da primeira amante q ele teve dando lugar pro meninor pudesse até assumir o trono, fora q Maria apareceu mto santinha no filme, sendo q ela nem era tanto assim, lembrando q ela não foi só amante do Rei Henrique, ela tbm foi amante do rei da França inclusive Maria tinha uma péssima fama na época, ela saiu super mal falada da França na época. Fora outros fatos históricos marcantes como o rompimento com a igreja q foi mto complicado e demorou mto pra isso acontecer.Agora o filme em si é mto bom pra se divertir, ótimas atuações, Natalie Portman não precisa nem falar o quanto ela arrasa no filme, a vdd tbm q Ana Bolena é um otimo personagem, inclusive deveriam fazer um filme só pra ela, a mulher q colocou a inglaterra de pernas pro Ar,chegou no seu auge, o rei Henrique virou até coadjuvante perante ela,infelizmente morreu drasticamente é aquela história ser amada ou ser odiada, ela escolheu ser odiada, tinha vários inimigos ai deu no q deu, aliás eu n sei qual a mulher seria louca de casar com Henrique vendo q ele se cansa rápido e da um jeito de se livrar das esposas de uma maneira n mto carinhosa, achei engraçado q ele depois q se livrou de Ana Bolena, foi uma matança de esposas depois, jesus amado rsrsrs

Unknown disse...

O filme é muito bom. É claro que em filmes muda-se um pouco a realidade, mas não dá para desmerecer. As atuações foram ótimas. cenário e figurino, idem. Então não adianta criticar, Ana Bolena de Santa nada tinha ela e o rei pagaram pelos disparates q realizam. Esse livro mostra que a COBIÇA É UM VENENO. E UMA VEZ NÃO DISSOLVIDA CORRÓI A ALMA E A VIDA DE QUAL SER. Maria foi a única q se teve um final feliz. Mesmo q na vida real ela era tida como devassa EU acho q os historiadores tomaram errado pq ela foi amante do rei e nao conseguiu mante-lo na família Bolena, pra mim, ela foi a única vítima. Ana não era nenhuma SANTA. MAQUIAVÉLICA. Na verdade, pobre da Catarina de Aragão. Não foi atoa q Henrique teve o fim obeso e cheio de furunculos.